domingo, 22 de novembro de 2009

PERDÃO NO LAR, COMO TRATAR COM ESTE PROBLEMA?








Quando não há perdão, qualquer motivo é razão para separação. Quando não há perdão, qualquer questão pequena se agiganta. As lentes com as quais se olha são lentes de lupa, que fazem tudo crescer numa proporção desnecessária. É o perdão que põe nos olhos das pessoas a dimensão correta. É o perdão que consegue nos tornar um pouco míopes na relação familiar, nos capacitando a ver menos erros, a enxergar menos motivos para contendas. É o amor que encobre sem tapear as multidões de defeitos e de pecados.



Quando não há este espírito de perdão, os motivos mais insignificantes podem desencadear o divórcio. É o temperamento incompatível; o gênio difícil e agressivo; a altura; a feiúra; a gordura; a cultura; o marido que fez um curso a mais e que agora acha que a mulher é uma ignorante, uma coitadinha; ou a mulher que foi promovida no trabalho e agora ganha mais e se acha no direito de tomar a liderança no lar. Enfim, todas essas coisas fúteis são causas suficientes para divisão de um lar quando não há perdão.



Se não há perdão, tanto marido como esposa têm razão e quem está embasado em razões tem muito orgulho. O orgulho é o excessivo amor por si mesmo, que move a pessoa a ser unilateralmente receptora e nunca doadora. Embora Deus sempre ensine que é dando que se recebe, parece que esse princípio saiu de moda e ninguém mais deseja vivê-lo e praticá-lo. A nova cultura psicológica hoje é o "me dá; eu preciso; eu quero; não posso ficar sem". Tal cultura, quando praticada nos relacionamentos conjugais, detona a instituição do matrimônio, destrói os casamentos e as famílias. Quando um casamento acaba é porque antes disso já acabou o diálogo, o relacionamento íntimo, a vida em comum. Portanto, quem separa um casal não é o juiz, e sim a ausência do perdão no relacionamento. Os cônjuges não aprenderam a perdoar e, por isso, os casamentos acabam.



O juiz existencial que poderá separar ou unir um casal pode ser o ódio ou o amor, o ressentimento ou o perdão. Se não houver perdão, ainda que continuem debaixo do mesmo teto, haverá separação. Não há repouso e descanso psicológico, espiritual e moral nesse lar. Como necessitamos cursar a escola do perdão! A essência, o conteúdo programático desse curso do perdão é apenas uma questão de opção. Uma escolha de desapegar-se do "eu" e passar a dar-se; livrar-se do DNA do mal, que é o orgulho; a investir na melhora do próximo. Isso é amor e é disso que necessitamos! 1Pedro 4:8 diz: "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados".

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